28ª Bienal de Artes em São Paulo sofre ataque de pichadores



No primeiro dia de visitações à 28° Bienal de Arte de São Paulo, às 19h35, cerca de 40 pessoas picharam as paredes do segundo andar do pavilhão. Nesta edição, este espaço do prédio foi mantido propositalmente vazio e mesmo antes da inauguração ganhou o apelido de Bienal do Vazio.

Após entrarem como visitantes, o grupo aproveitou do fato para fazer no local o seu protesto. As paredes foram preenchidas com frases como "Isso que é arte", "Abaixa a ditatura" e "Fora Serra", além dos nomes das gangues, como eles mesmo se denominam, Susto, 4 e Secretos.

Algumas pessoas incentivaram o ato com aplausos. Apenas uma jovem de 23 anos foi detida e levada para o 36° DP. Os demais integrantes fugiram no meio do tumulto se misturando aos visitantes e quebrando vidraças.

A Polícia Militar chegou ao local às 20h. Os visitantes que se encontravam no interior do prédio tiveram que permanecer e a entrada de qualquer pessoa foi suspensa.

A ação deu continuidade aos protestos deste ano na Faculdade de Belas Artes e na Galeria Choque Cultural, lideradas pelo artista Rafael Guedes Augustaitiz, o PixoBomb.

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Foto de Thiago Queiroz, da Agência Estado, mostra as mensagens de protesto no segundo piso feitas pelo grupo

Na quinta-feira (23/10), o grupoArac - grupo independe de colocadores de stickers - ficou cerca de quatro horas no segundo pavilhão fazendo intervenções nas paredes e nos pilares. Os desenhos foram cobertos com folhas brancas e tintas.

O mesmo grupo ainda criou o "Manual para a Invasão da Bienal". Os organizadores da intervenção acreditam que se a Bienal é um evento gratuito deve ser vista com uma extensão do espaço urbano e por isso preenchido com expressões de arte próprias deste meio.

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Sticker colocado por integrantes do grupoArac no 2º andar da Bienal

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